Cada pessoa é única e tem a sua história, mas no que concerne à perda de audição há 7 causas que são as mais recorrentes.

1. Exposição ao ruído / Perda de audição induzida por ruídos (PAIR) 

Desde muito pequenos que nos ensinam como prática recorrente (e até agradável para os pais) a colocação de fones, quando estamos em qualquer aparelho eletrónico que possa emitir som.
O que acontece quando usamos fones é que temos o nosso sistema auditivo exposto ao ruído de forma duradoura e contínua. Isto pode levar levar à lesão das células sensoriais auditivas,  causando surdez neuro-sensorial gradual ou súbita, respetivamente. A perda auditiva pode ser temporária ou permanente.

2. Idade – Perda de audição gradual

Com a idade vamos perdendo algumas faculdades e ganhando outras, a audição não é exceção. A Presbiacusia ou perda auditiva associada ao envelhecimento pode ocorrer progressivamente, devido a degeneração da cóclea ou do nervo auditivo. Aqui o dano causado nestas células é irreversível. A perda auditiva é progressiva, evoluindo das frequências superiores para as inferiores.
“Em Portugal, os dados do último Inquérito Nacional da Saúde e Exame Físico de 2015 (INSEF 2015), apontam para mais 1.6 milhões de portugueses com dificuldades auditivas entre os adultos dos 25 aos 75 anos de idade, aproximadamente 23% dessa população. A prevalência é ainda maior nos idosos entre os 65 e 75 anos, em que 4 de cada 10 idosos (40%) apresentam dificuldades auditivas.”

3. Infeções do ouvido

Desde infeções virais, bacterianas a parasíticas, todas elas podem provocar otites que se na infância não foram tratadas podem causar perda auditiva. Falamos de problemas como a meningite, sarampo, encefalite viral, varicela, influenza, papeira ou outras infeções virais-

4. Causas congénitas

A perda auditiva pode ser hereditária ou não. Se no histórico familiar houver perda auditiva, por causa do gene da conexina-26, a perda pode ser herdada. No caso de não ser hereditária pode acontecer devido a infeções maternas durante a gravidez (por exemplo, rubéola), prematuridade, baixo peso à nascença, anomalias craniofaciais, parto traumático, exposição in útero a álcool ou a certos medicamentos, complicações associadas a icterícia grave no recém-nascido ou diabetes materna. As causas genéticas podem estar presentes logo à nascença ou desenvolverem-se mais tarde.

5. Traumatismo – Perda de audição repentina

Muitas vezes um traumatismo que atinja o ouvido ou o cérebro, como é o caso do traumatismo craniano pode causar perda de audição. Outra consequência são os tumores cerebrais ou no ouvido.

6. Acumulação de cerúmen

A limpeza dos ouvidos com cotonetes ou outros objetos com o intuito de “limpar o ouvido” é talvez dos maiores mitos associados aos cuidados auditivos. É também uma das causas mais comuns de entupimento do canal auditivo por cera. O cotonete, pela sua dimensão, acaba por empurrar mais cera, do que a que consegue remover. O seu uso frequente pode criar uma grande “rolha” no fundo do canal auditivo, fazendo com que o processo natural de limpeza do ouvido seja incapaz de “expulsar” todo o cerúmen acumulado.

7. Otosclerose

A otosclerose afeta a mobilidade dos ossos do ouvido médio. Assim, é reduzida a eficiência da transmissão das vibrações. Começa normalmente num dos ouvidos mas, em mais de 80% dos casos, acaba por ter envolvimento bilateral. Trata-se de uma doença hereditária, pelo que se deve investigar sempre o histórico familiar uma vez que em mais de metade dos casos há uma história de perda auditiva na família.

Para além das 7 causas apresentadas também certos medicamentosdrogasálcool e tabaco podem danificar o ouvido e causar a perda de audição.

Descubra aqui os 3 tipos de perda de audição.

Conheça aqui as nossas 5 dicas para cuidar seu aparelho auditivo.